Empregadores ainda desconhecem nova lei dos bikeboys
A bicicleta sempre foi utilizada para entrega de pequenas mercadorias no comércio. Mas uma novidade vai mexer com a classe, após o governador em exercício Luiz Fernando Pezão sancionar lei que obriga os bikeboys a utilizar equipamentos de segurança. O problema é que grande parte dos proprietários e até mesmo os próprios bikeboys desconhecem a nova lei, de autoria do deputado estadual Paulo Ramos (PDT). A partir de agora os trabalhadores são obrigados a usar capacete e colete, e os empregadores terão que instalar nas bicicletas dispositivos de iluminação, campainha e espelho retrovisor.
Paulo Ramos estima que o estado do Rio de Janeiro tenha mil entregadores que utilizam bicicleta como meio de transporte.
- Cada vez mais utilizados, esses entregadores estão em desvantagem em relação aos demais no que diz respeito à segurança. Eles estavam precisando de uma regra desse tipo. Essa lei garante aos bikeboys uma maior tranquilidade para trabalhar - defendeu o parlamentar.
Apesar de a lei já estar em vigor há quase uma semana, proprietários de estabelecimentos que utilizam as bicicletas e os próprios bikeboys dizem que desconhecem a nova lei.
Dono de uma distribuidora de água no Aterrado, Fernando Castilho disse que Volta Redonda não possui um alto número de bikeboys, mas que a lei deveria ser divulgada aos principais interessados.
- Em meu estabelecimento, trabalho com um total de cinco entregadores, sendo quatro motoboys e apenas um bikeboy. Esse último realiza entrega nos endereços próximos à loja. A profissão de bikeboy ainda não é uma cultura na cidade, mas de qualquer forma, essa nova lei deve ser melhor divulgada. Eu mesmo sempre procuro me informar e não sabia dessa lei da classe dos bikeboys - opinou Fernando.
A gerente de uma distribuidora de água e gás no São João, Cátia Araújo, explicou que os proprietários precisam de um prazo para regulamentar os equipamentos de segurança dos funcionários que utilizam a bicicleta para as entregas em domicílio.
- Temos apenas um bikeboy, que trabalha na entrega de galões de água potável. Eu desconheço essa lei, mas espero que tenha um prazo para que os estabelecimentos consigam atender as exigências, afinal, a quantidade de equipamentos de segurança trará despesas. Queremos nossos funcionários seguros, mas para isso é preciso planejamento. No caso da loja onde eu trabalho, já obtivemos um grande gasto com a troca dos galões de água com a validade vencida - acrescentou Cátia.
O bikeboy Eduardo dos Santos, de 19 anos, realiza a entrega de ração de animais. Para ele, a lei que defende a classe veio em boa hora.
- A maioria dos bikeboys faz um trajeto pequeno de entrega, mas não deixa de ser perigoso. Eu já passei por vários sustos, mas nunca me acidentei. A minha preocupação é que, com a despesa de equipamentos de segurança, os proprietários possam acabar por não admitir mais bikeboys, devido ao custo, e realizar a entrega apenas com motoboys e Kombis - teme Eduardo.
Multas
A norma estabelece que as empresas deverão efetuar seguro de vida contra acidentes pessoais e contra terceiros para cada entregador nos valores de R$ 2 mil (para despesas médicas hospitalares), R$ 10 mil (invalidez parcial), R$ 20 mil (invalidez total), R$ 40 mil (morte) e R$ 1 mil (terceiros).
Fonte: Diário do Vale, 10/04/2010
A bicicleta sempre foi utilizada para entrega de pequenas mercadorias no comércio. Mas uma novidade vai mexer com a classe, após o governador em exercício Luiz Fernando Pezão sancionar lei que obriga os bikeboys a utilizar equipamentos de segurança. O problema é que grande parte dos proprietários e até mesmo os próprios bikeboys desconhecem a nova lei, de autoria do deputado estadual Paulo Ramos (PDT). A partir de agora os trabalhadores são obrigados a usar capacete e colete, e os empregadores terão que instalar nas bicicletas dispositivos de iluminação, campainha e espelho retrovisor.
Paulo Ramos estima que o estado do Rio de Janeiro tenha mil entregadores que utilizam bicicleta como meio de transporte.
- Cada vez mais utilizados, esses entregadores estão em desvantagem em relação aos demais no que diz respeito à segurança. Eles estavam precisando de uma regra desse tipo. Essa lei garante aos bikeboys uma maior tranquilidade para trabalhar - defendeu o parlamentar.
Apesar de a lei já estar em vigor há quase uma semana, proprietários de estabelecimentos que utilizam as bicicletas e os próprios bikeboys dizem que desconhecem a nova lei.
Dono de uma distribuidora de água no Aterrado, Fernando Castilho disse que Volta Redonda não possui um alto número de bikeboys, mas que a lei deveria ser divulgada aos principais interessados.
- Em meu estabelecimento, trabalho com um total de cinco entregadores, sendo quatro motoboys e apenas um bikeboy. Esse último realiza entrega nos endereços próximos à loja. A profissão de bikeboy ainda não é uma cultura na cidade, mas de qualquer forma, essa nova lei deve ser melhor divulgada. Eu mesmo sempre procuro me informar e não sabia dessa lei da classe dos bikeboys - opinou Fernando.
A gerente de uma distribuidora de água e gás no São João, Cátia Araújo, explicou que os proprietários precisam de um prazo para regulamentar os equipamentos de segurança dos funcionários que utilizam a bicicleta para as entregas em domicílio.
- Temos apenas um bikeboy, que trabalha na entrega de galões de água potável. Eu desconheço essa lei, mas espero que tenha um prazo para que os estabelecimentos consigam atender as exigências, afinal, a quantidade de equipamentos de segurança trará despesas. Queremos nossos funcionários seguros, mas para isso é preciso planejamento. No caso da loja onde eu trabalho, já obtivemos um grande gasto com a troca dos galões de água com a validade vencida - acrescentou Cátia.
O bikeboy Eduardo dos Santos, de 19 anos, realiza a entrega de ração de animais. Para ele, a lei que defende a classe veio em boa hora.
- A maioria dos bikeboys faz um trajeto pequeno de entrega, mas não deixa de ser perigoso. Eu já passei por vários sustos, mas nunca me acidentei. A minha preocupação é que, com a despesa de equipamentos de segurança, os proprietários possam acabar por não admitir mais bikeboys, devido ao custo, e realizar a entrega apenas com motoboys e Kombis - teme Eduardo.
Multas
A norma estabelece que as empresas deverão efetuar seguro de vida contra acidentes pessoais e contra terceiros para cada entregador nos valores de R$ 2 mil (para despesas médicas hospitalares), R$ 10 mil (invalidez parcial), R$ 20 mil (invalidez total), R$ 40 mil (morte) e R$ 1 mil (terceiros).
Fonte: Diário do Vale, 10/04/2010
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