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Por um bairro sustentável

Planeta Terra vem dado sinais claros de que a relação do homem com o meio ambiente não anda bem. Mais do que nunca, é hora de reverter a situação. Sabendo que cada pequena ação é importante, moradores da região já mudaram de atitude. Juliana DeCastro e Milla Scramignon, por exemplo, disseram não aos automóveis e escolheram a bicicleta como meio de locomoção. Renata Lara, da ONG Anitcha, promove no Grajaú um evento de desapego, para desestimular o consumismo desenfreado. E o síndico Márcio Fontes
adotou em seu condomínio a coleta do óleo vegetal usado que, se despejado nos ralos, prejudica o ecossistema.

Conscientes da responsabilidade de cada um, Juliana e Milla, do Grajaú, não se arrependem de ter adotado a bicicleta como meio de transporte. Além de não poluir o ar, a mudança trouxe mais qualidade de vida, saúde, disposição e tranquilidade no dia a dia. Juliana, que é bióloga, ainda aproveita o trajeto até o trabalho, no Centro da cidade, para se exercitar, meditar e até cantar:

— Sem contar o tempo de espera. Se fosse de ônibus perderia no percurso, em média, uma hora. De bicicleta, chego em meia hora. Designer, Milla trabalha em casa. Muitas vezes resolve ir para algum café da cidade como pretexto para usar a bicicleta.


Um hábito saudável acaba por produzir outros. Como fazem compras no supermercado também de bicicleta, acabam por consumir menos e, assim, evitam o desperdício e geram menos resíduos.

Ainda no Grajaú, Renata Lara, coordenadora da Casa Cultural Anitcha, desenvolve o projeto social Bairro Vivo, com o objetivo de transformá-lo em uma região sustentável. Uma das ações do projeto é a feira “Desapegue-se”, que acontece mensalmente na Praça Edmundo Rego (a próxima será neste domingo). Na exposição, há espaço para trocas, estandes de artesanato recicláveis e vegetais orgânicos.

— As pessoas querem cada vez consumir mais, sendo que a maior parte do que é consumido acaba descartada muito rapidamente. Isso está acabando com o nosso planeta. É preciso sair desse estado de dormência e é isto que o “Desapegue-se” desperta: a ideia de que é possível ter algo bacana sem usar dinheiro. Trocar uma roupa por um livro, um perfume por uma massagem — diz.

Fonte: O Globo, 09/09/2010

Município Amigo da Bicicleta aqui.

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