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Projetos de revitalização urbana em Curitiba ignoram ciclovias

A Prefeitura de Curitiba tem previsto no orçamento de 2011, R$ 2,09 milhões para a implantação de novas ciclovias na cidade. Mas isso não é garantia de que os recursos realmente serão destinados para este fim. No ano passado o orçamento também previa R$ 2,2 milhões para implantar ciclovias, mas até dezembro o portal da transparência da Capital confirmava apenas R$ 26 mil utilizados para contruir novos espaços para as bicicletas.

Outro indício de que as ciclovias não são privilegiadas na Capital veio à tona na semana passada, quando os vereadores da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara Municipal conheceram detalhes do projeto de revitalização da Avenida Cândido de Abreu. No projeto não estava incluso espaço para ciclistas, apenas para carros e pedestres.

“Todo o projeto é muito bom, mas sentimos que faltava algo. Pedimos que a implantação de uma ciclovia seguindo o mesmo espaço do calçadão seja incluido no projeto”, disse o presidente da Comissão, o vereador Jonny Stica (PT). Segundo Jonny, a partir de agora, todas as grandes intervenções urbanas projetadas para a Capital seguem com o pedido de inclusão de ciclovia pela comissão.

A Capital tem apenas 100 quilômetros de ciclovias implantadas, mesmo assim a maior parte em parques e destinadas mais ao lazer que para a locomoção. Outro problema verificado é que não são interligadas, portanto, o ciclista fatalmente terá que disputar espaço nas ruas.

Mas além disso, o vereador também quer locais para o curitibano poder deixar sua bicicleta. No ano passado ele destinou R$ 60 mil em emendas do orçamento a que tinha direito para a implantação de estacionamento para bicicletas em ciclovias e parques. “Você não tem onde deixar a bicicleta”, contou.

Conservação

Além da falta de ciclovias, as que existem têm trechos em condições precárias. “Tem que fazer a recuperação das ciclovias da cidade. Quem conhece o trecho da ciclovia que passa no Alto da 15 sabe da situação. O piso irregular por causa das raízes das árvores pode derrubar alguém. Sem falar nas poças de água que se acumulam”, critica o vereador Algaci Túlio (PMDB).

Fiscalização nas canaletas

Agentes da Diretran da Urbs e policiais do BPTRan vão intensificar a fiscalização nas canaletas do transporte coletivo para impedir o tráfego de veículos não autorizados. A medida foi definida a partir de estudos indicando o aumento do tráfego destes veículos como um dos fatores a provocar acidentes com ônibus do transporte coletivo. A primeira etapa do trabalho foi iniciada nesta semana com o envio de correspondência a órgãos policiais, hospitais, SAMU e empresas de atendimentos de emergência, entre outros, alertando para os riscos de estes veículos circularem nas canaletas quando não estão a serviço. A correspondência também informa que será feita fiscalização a partir de data ainda a ser definida. 185 ônibus expressos circulam nas canaletas dos seis eixos de transporte, levando até 600 mil passageiros. A frequência das viagens pode ser prejudicada, principalmente em horas de maior movimento, em função do tráfego de outros veículos que circulam irregularmente nas canaletas, como ciclistas e skatistas.

Fonte: Bem Paraná, 12/04/2011

Projetos de Incentivo ao Uso da Bicicleta aqui.

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