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São Paulo acordou sem combustível. Utilizadores de bicicleta comemoram no Twitter.

A cidade de São Paulo, no Brasil, acordou hoje com muito menos carros que o habitual, devido à greve das transportadoras de combustíveis, que já levou alguns postos a esgotarem a gasolina e gasóleo.

A greve começou ontem e, a prolongar-se até amanhã, deixará toda a cidade sem combustível. Uma situação alarmante, é verdade, e que tem como pano de fundo a proibição dos camionistas de entrarem na Marginal do Tietê e noutras 25 vias da cidade, entre as 5h e as 9h e das 17h às 22h. Ou seja, durante as horas de ponta. Aos sábados, a restrição vigora das 10h às 14h.

“Certamente haverá uma corrida dos consumidores aos postos e os stocks irão durar, na melhor das hipóteses, até quarta-feira”, explicou já a entidade que representa todos os postos de combustível de São Paulo.

Esta greve, que pode chegar a outros 20 sindicatos do Brasil, está a provocar, curiosamente, uma onda de entusiasmo na comunidade de utilizadores de bicicletas e nos activistas ambientais.

“Falta de Combustível = Menos Carros = Mais bicicletas”, afirma Luísa Dias Lamas no Twitter. “Eu não estou a sofrer com a falta de combustível em São Paulo. Ando de Autocarro, uso metropolitano e comboio. Ando a pé, estou livre da carro-dependência crónica”, diz, por sua vez, Rogério Magalhães.

“São Paulo proibiu os camiões, o trânsito melhorou. Os camiões agora ameaçam não distribuir gasolina para os carros, aí vai ficar perfeito”, argumentou, também no Twitter, Marcelo Tas. “Solidariedade aos camionistas, não parem a greve. Espero que a falta de combustível provoque uma reflexão”, conclui o Bike Reporter.

Para além desta medida, a cidade de São Paulo está a preparar a entrada em vigor de uma lei que levará os veículos da capital a apenas poderem circular em certos dias, dependendo da sua matrícula.

O trânsito de São Paulo é um dos mais caóticos do mundo, com filas diárias de vários quilómetros. O investimento na expansão da rede transportes públicos é visto, por grande parte dos especialistas, como a única solução para superar este problemas. Por outro lado, estas duas medidas agora tomadas são consideradas simples “paliativos” temporários.

Fonte: Green Savers, 06/03/2012

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