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Um sonho de cidade

Quem nunca sonhou em morar numa encantadora cidade europeia ou outra de primeiro mundo? Cidades com galerias e ruas cheias de vida e cultura; pessoas caminhando, de bicicleta ou de ônibus; opções de lazer e entretenimento e sem violência; restaurantes com mesas na calçada e lindas árvores; com políticas públicas inteligentes e gestão eficiente. Uma cidade acolhedora, com pessoas felizes, dinâmica economicamente e justa em oportunidades. Onde o espaço urbano seja pensado para o ser humano e ofereça condições de trocas, lazer, contemplação, amizade e relacionamentos, onde possamos circular de bicicleta com segurança e conforto.

E se fôssemos além dos sonhos? E se parássemos de criticar a má gestão municipal e acreditássemos que é possível construir uma cidade assim, ou, ainda melhor, com a nossa cara, mantendo nossas raízes e características próprias? O que fazer? Por onde começar? Quem é o responsável? São muitas as dúvidas paralisantes e desestimulantes, mas o fato é que temos que nos movimentar em alguma direção, melhor que seja na correta.

Comunidades que querem se tornar referência na gestão urbana e em qualidade de vida precisam construir objetivos sociais comuns, através de instrumentos de participação e decisão coletiva, como fizeram Curitiba, Gramado, Bogotá e outras que se transformaram em protagonistas da história no século passado.

Agora, no Século 21, o que fazer para nossa cidade figurar entre as cidades que se tornarão referência em qualidade ambiental, relações culturais, dinamismo econômico e conexão com a rede mundial de cidades? Talvez o primeiro passo seja imaginar um lar para nossos filhos que seja seguro, confortável, bonito, saudável e acolhedor. Um lugar onde haja bicicletas coloridas; ônibus confortáveis, eficientes e baratos; com praças floridas e um parque de lazer e esporte para cada região da cidade. Uma cidade sustentável, inteligente e inovadora.

Precisamos descobrir nossa vocação e o que queremos ser, para então arregaçar as mangas e botar a mão na massa.

Fonte: Jornal de SC, 17/07/2010

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