Até 2012, Belo Horizonte deve receber quase 150 quilômetros de ciclovias. As obras de parte do projeto, cerca de 16,6 quilômetros, já contam com propostas de licitação. Elas terão início ainda neste ano e vão garantir faixas exclusivas para as pedaladas de frequentadores das regiões Leste, Nordeste, Estação Barreiro, Norte, Savassi e um trecho de dois quilômetros na Avenida Américo Vespúcio, entre as avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz.
Nesta quinta-feira (23), a BHTrans publica o edital de licitação que prevê a contratação de empresa para elaborar o projeto de mais 30 quilômetros de ciclovias. A divulgação do edital marca a Semana Nacional do Trânsito e o Dia mundial “Na cidade sem meu carro”, lembrado ontem em mais de 30 cidades mineiras.
Sinalização, faixas com cor e piso especial, campanhas educativas por meio do programa Pedala BH e a construção de estacionamentos - ainda sem estudos, para vigilância especial das “magrelas” quando o dono estiver longe - também estão incluídos no projeto, que terá investimentos de R$ 18 milhões.
Com as ciclovias, o Plano de Mobilidade para a capital prevê, em um horizonte de 10 anos, que 10% das viagens dentro da cidade sejam feitas com bicicletas. Essa foi a expectativa lembrada pelo presidente da BHTrans, Ramon Victor César. Atualmente, Belo Horizonte conta com 22 quilômetros de ciclovias, dos quais a metade na orla da Lagoa da Pampulha.
O projeto de instalação das ciclovias priorizou locais mais planos da capital e com maior demanda de pessoas. “Essas faixas seguem em direção a estações e algumas rotas que facilitam o acesso a escolas”, informa César. Um dos trechos “integrados” está na Região do Barreiro e tem 1,9 quilômetro entre a Avenida Afonso Vaz de Melo e a estação BHBus. Juntas, as rotas cicloviárias Leste e Savassi, vão somar quase 10 quilômetros de faixa, que contará com o maior trajeto da primeira fase.
Os trechos atuais de ciclovias na capital já contemplam equipamentos para estacionar as bicicletas, os chamados “paraciclos”. O presidente da BHTrans disse, ainda, que a vigilância desses estacionamentos, com câmeras ou seguranças, ainda não foi pensada. A promoter e integrante do grupo de ciclistas amadores Le Velô, Denise Cruzeiro, diz que a instalação de ciclovias são importantes, mas que só fazem sentido se os projetos contemplarem locais seguros para guardar as bicicletas. Ela comemora a iniciativa e diz que, ao contrário do que muita gente pensa, o relevo montanhoso da capital não atrapalha as pedaladas.
A BHTrans não sabe quantos ciclistas amadores trafegam pela capital. Os dados mais recentes, de 2000, apontam que as bicicletas representavam 0,6% das viagens diárias na capital, contra 39,5% de ônibus e 24,9% de carros.
Fonte: Hoje em Dia, 22/09/2010
Projetos de Incentivo ao Uso da Bicicleta aqui.
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