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Urbanista defende plano de mobilidade em Teresina

A capital precisa de um aumento substancial na quantidade de ciclovias e ciclofaixas, para que os ciclistas fiquem menos expostos ao trânsito. É o que defende a arquiteta e urbanista Raquel Carvalho, autora de um trabalho científico que originou um plano de mobilidade ciclística para a cidade. Apresentado em julho do ano passado como trabalho de conclusão de curso, a pesquisa já foi apresentada também à Strans, na forma de uma proposta de intervenção.

De acordo com Raquel, o ideal seria que mais 250km de vias destinadas exclusivamente ao tráfego de bicicletas fosse implementadas na capital, com o devido trabalho de integração das mesmas. Ela afirmou também que as ciclofaixas, que são mais simples, podem ser uma alternativa mais barata em relação às ciclovias, na tarefa de melhorar a atual realidade encontrada por quem é adepto das pedaladas.

"No entanto, a infraestrutura cicloviária não é composta somente por ciclovias e ciclofaixas. Também temos os passeios cicloviários, que são locais fechados ao trânsito de veículos, e onde pedestres e ciclistas dividem o mesmo espaço. Além destes, também existem as ruas e pontes exclusivas para bicicletas. Teresina precisa desses espaços, e de pelo menos 3 pontes dessa natureza sobre o Rio Poty", explicou a arquiteta.

O estudo de Raquel ganhou também o prêmio STRANS de educação no trânsito na categoria de trabalho científico.
Ela que já apresentou o trabalho em diversos eventos, pretende fazer com que seu esforço de pesquisa ganhe mais repercussão, contribuindo para o trânsito da cidade. " Meu objetivo foi realizar um diagnóstico completo da infraestrutura cicloviária teresinense, e agora espero levar o meu trabalho até a prefeitura", adiantou Raquel.

E você? Sabe o que é um Planejamento Cicloviário?

O Planejamento Cicloviário é o instrumento capaz de estabelecer informações técnicas e parâmetros para implantação deste transporte. Ele deve abordar os seguintes aspectos:

- projeto geométrico (espaço útil, pistas, faixas, rampas, ilhas direcionais, rotatórias etc.)
- pavimentação (requisitos e tipos de pavimentos)
- drenagem (cuidados para o escoamento, respeitando o traçado original do terreno)
- sinalização (vertical e horizontal)
paisagismo (proteção ao sol, lazer - em bosques e parques -, auxílio em interseções
iluminação (criar áreas de maior visibilidade para ciclistas e segurança para o percurso noturno)
- estacionamentos (paraciclos, bicicletários, dimensões básicas, conforto etc.)
Para tanto, é necessário conhecer os componentes de um sistema cicloviário:

Via ciclável - vias de tráfego motorizado onde a circulação de bicicletas pode se dar de forma segura; geralmente são vias secundárias ou locais, com pequeno tráfego, complementando ciclovias e ciclofaixas.
Ciclofaixa - faixa de rolamento para bicicletas, separando-as do fluxo de veículos, normalmente localizada nos bordos direitos de ruas e avenidas, no mesmo sentido de tráfego. Sempre indicada por uma linha separadora, pintada no solo, ou com outros recursos de sinalização.



Ciclovia - infra-estrutura criada em áreas urbanas e rurais em favor da circulação de bicicletas totalmente segregada do tráfego motorizado, apresentando conforto e segurança aos ciclistas. No entanto, envolve altos custos para construção e requer espaço para sua implantação.



Paraciclos - estacionamento, com um número reduzido de vagas, para bicicletas em espaços públicos com dispositivos capazes de manter os veículos de forma ordenada e com o mínimo de segurança.
Bicicletário - estacionamento para bicicletas, com mais de 20 vagas, implantado junto a terminais de transporte, grandes indústrias e parques.

Fonte: Meionorte, 25/04/2010

Projetos de Incentivo ao Uso da Bicicleta aqui.

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