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Andar de bicicleta proporciona benefícios ao bem-estar e ao meio ambiente

Além de ser uma forma de lazer, andar de bicicleta é uma maneira de locomoção que proporciona benefícios ao bem-estar e ao meio ambiente. Saiba mais sobre essa prática e vá de bike!

Se até algum tempo atrás, a bicicleta era associada apenas a longos passeios dominicais, agora ela vem ganhando espaço também nas ruas. E não só para ir de casa para o trabalho e vice versa. Seu uso é para tudo.

De acordo com a pesquisa Origem/Destino 2007, realizada pelo Metrô a cada dez anos, dos 25,5 milhões de viagens/dia que acontecem na cidade de São Paulo, cerca de 156 mil são feitas de bicicleta. Em 1997, esse número era de apenas 56 mil. O que mostra um aumento de 183% nos últimos dez anos. "O cenário atual das grandes cidades, poluídas e congestionadas, a tendência mundial de preocupação com o meio ambiente e a qualidade de vida estão mudando os hábitos das pessoas", afirma Ana Paula Nogueira, gerente de Comunicação e Trade Marketing da Caloi. Exemplo disso é que, na década de 90, as mountain bikes eram os modelos mais consumidos no Brasil, mas nos últimos anos as bicicletas para uso urbano vêm ocupando cada vez mais espaço.

Infelizmente, a área dedicada às magrelas nas grandes cidades brasileiras ainda é inexpressiva. Em São Paulo, somente 37,5 quilômetros são cobertos por ciclovias. O Distrito Federal conta com apenas 42 quilômetros. Em Curitiba, esse número chegou a 100 quilômetros e no Rio de Janeiro a 150 quilômetros, ainda pouco, se comparado aos 400 quilômetros que cortam a cidade de Bogotá, na Colômbia. "É preciso aumentar a malha cicloviária para incentivar mais pessoas a utilizar a bicicleta nas ruas", diz Bruno Covas, secretário estadual do Meio Ambiente, de São Paulo.

Além dos poucos quilômetros de ciclovias, o perigo e o desrespeito com o ciclista são empecilhos para que a modalidade se desenvolva integralmente. "Muita gente ainda não se conscientizou de que a bicicleta é um veículo de propulsão humana e tem seu direito assegurado por lei nas vias públicas", afirma Sérgio Augusto Affonso, fundador do grupo Clube dos Amigos da Bike, de São Paulo, fundado em 1977. Ele ainda lembra que muitos ciclistas acabam trafegando pelas calçadas por terem medo de encarar as ruas e as avenidas, justamente pela falta de respeito com quem anda sobre duas rodas.

Felizmente, algumas iniciativas pontuais têm surgido no sentido de facilitar a vida dos ciclistas. Graças a uma iniciativa da Secretaria Municipal de Transportes, de São Paulo, a ciclofaixa paulistana ganhou mais 10 quilômetros, totalizando 30 quilômetros de extensão. Ao contrário das ciclovias, esse tipo de iniciativa prevê o uso de uma das faixas das ruas e avenidas para trânsito exclusivo das bikes em dias e horários determinados. A da cidade de São Paulo, por exemplo, abre somente aos domingos, das 7 às 14 horas. O que ainda é pouco para a demanda crescente por esse tipo de locomoção.

O mundo sobre duas rodas

Mais do que uma tendência ou hábito, trocar o carro por bike tem conquistado cada vez mais os brasileiros, mas já faz parte das políticas públicas em alguns países europeus. "Essas ações buscam solucionar problemas de mobilidade, promover a saúde da população e sanar as doenças das cidades dependentes de carro, como poluição, congestionamento e estresse", diz Renata Falzoni. Em Berlim, a cidade mais populosa da Alemanha, existem 775 quilômetros de ciclovias, quase 21 vezes mais que São Paulo, cuja população é três vezes maior. Em média, são 6 mil magrelas disponíveis em estacionamentos espalhados pelas ruas de 60 cidades alemãs.

Paris também atraiu os olhares do mundo todo quando a prefeitura implantou o sistema de aluguel de bicicletas chamado Vélib', em 2007. Qualquer pessoa pode pegar emprestada uma das 20 mil disponíveis, sendo os 30 primeiros minutos sem custo. Na capital da Dinamarca, Copenhague, o uso de bicicletas no trânsito corresponde a quase 40% do tráfego. Para incentivar essa prática, foram criados estacionamentos, pontes exclusivas e vagões especiais no metrô. A cidade de Amsterdã, na Holanda, também tem a mesma cultura - as bikes são responsáveis por cerca de 40% do transporte urbano.

Fonte: Mdemulher, 16/03/2011

Projetos de Incentivo ao Uso da Bicicleta aqui.

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