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Bicicleta, uma alternativa real e sustentável

A frota de veículos do Rio Grande do Sul ultrapassa a marca dos cinco milhões, conforme dados do Detran/RS. A média é de um veículo para cada dois habitantes do Estado. Todos os dias, cerca de 800 novos carros e motocicletas passam a circular nas nossas ruas. Diante desse cenário, resta-nos pensar em alternativas para enfrentar o caos que se instalou no trânsito das grandes cidades e que também causa transtornos à população dos municípios menores. Ao conhecer exemplos de outras cidades do Brasil e do exterior, fiquei convencido de que, além de aperfeiçoar nosso tradicional sistema de transporte coletivo, precisamos investir em novas formas de mobilidade urbana. Tenho defendido na Assembleia Legislativa o uso da bicicleta como alternativa real e sustentável de transporte. Trata-se de um meio que não polui, tem baixo custo de manutenção, ocupa pouco espaço e ainda faz bem à saúde de quem o utiliza.

Em Buenos Aires, o programa Mejor en Bici oferece ciclovias nas principais ruas e avenidas da cidade, infraestrutura para estacionamentos, empréstimo gratuito de bicicletas e capacetes, além de conscientizar a população, incentivando a troca do carro pelas bikes. O sistema de aluguel de bicicletas públicas, que já faz parte do cotidiano de capitais europeias como Londres, Paris e Amsterdã, também vem sendo implantado por administrações de cidades brasileiras. Rio de Janeiro e João Pessoa são exemplos da aposta na bicicleta como opção de transporte público. Tornar viável o uso da bicicleta como meio de transporte ainda é um desafio para o Rio Grande do Sul. Acredito, porém, que chegou a hora de levar essa possibilidade aos nossos municípios. Optar pela implantação de sistemas cicloviários implica planejar ciclovias, faixas compartilhadas, bicicletários, sinalização adequada, elaboração de regras e, acima de tudo, campanhas educativas que estimulem a utilização segura desse meio. Investir na bicicleta é investir na qualidade de vida do futuro, que já chegou.

Fonte: Jornal do Comércio, 02/04/2012

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