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Quem são os “donos” das nossas cidades?

Opinião do Leitor David Iasnogrodski

Quem são os donos das nossas cidades? Os veículos? Os pedestres? Grande pergunta, não é verdade?

O que se ouve hoje nas ditas grandes cidades, ou metrópoles, são sons barulhentos das buzinas dos veículos. É uma verdade... Por quê?

Ora, seu David, vocês devem estar dizendo, tudo por influência dos congestionamentos diuturnos que estão acontecendo. Outra verdade...

Congestionamentos?

Sim, congestionamentos.

De uns tempos para cá, o número de veículos em circulação ultrapassou o limite das nossas vias. Pouquíssimas são as obras viárias que foram realizadas para o número tão elevado de veículos que está circulando pelas estreitas ruas de nossas cidades. Ruas estas construídas ao tempo das carruagens ou de um número pequeno de veículos que circulavam à época. Veículos esses que, ao tempo, eram denominados calhambeques (segundo a música de Erasmo e Roberto Carlos – ‘O calhambeque, bi, bi...’). Até o número e o tipo de transporte público eram diferentes. Bondes elétricos (lembram dos bondes gaiola?), ônibus com capacidade pequena de passageiros. Os próprios caminhões eram menores e menos pesados. Enfim, eram outros tempos.

Buzinadas e mais buzinadas. Congestionamentos e mais congestionamentos. Em qualquer bairro de nossa cidade.

Cada vez mais as pessoas necessitam sair mais cedo de suas residências para se locomover aos locais de trabalho, estudo ou lazer. Cada vez mais, descansamos menos nas nossas horas de folga em virtude do tempo de deslocamento. O ar das cidades torna-se cada vez mais poluído em função dos gases oriundos dos veículos semiparados. E o que fazer? Transporte público alternativo? É uma solução. Mas só essa não basta, é a minha opinião.

Outra solução: maior utilização, como em Amsterdã, da bicicleta para as devidas circulações. Trabalho, estudo ou mesmo lazer. Para tanto, devemos construir ciclovias, pois a bicicleta é um veículo que não polui e nos leva para todos os lugares.

Afinal de contas, quem são os donos das cidades?

Fonte: Zero Hora, 07/01/2010

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