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Cicloturismo: Uma maneira única de conhecer lugares, pessoas e se aventurar pelo mundo apenas pedalando

Conhecer lugares, observar cada detalhe da paisagem, interagir com os moradores locais e ainda praticar exercício físico. Estas são algumas das vantagens do cicloturismo, uma forma diferente de viajar pedalando. Assim como fazem milhares de adeptos no mundo todo, muitos brasileiros já aderiram à modalidade, ainda incipiente por aqui, mas que já conta com clubes organizados, agências especializadas e roteiros programados.
Sozinhos ou em grupo, os aventureiros podem percorrer desde pequenas rotas a centenas de quilômetros, em vários dias, geralmente por estradas de terra e trilhas, cujas paisagens e atrações só são conhecidas pelos moradores locais. A relação tempo e distância muda quando a viagem é de bicicleta, o contato com a natureza e com as pessoas é diferente e o tempo parece andar mais devagar.

As opções turísticas são inúmeras e têm para todos os gostos e bolsos. Lá fora, alguns roteiros são tradicionais, como o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, ou o Deserto do Atacama, saindo do Chile para a Bolívia. Dentre os passeios nacionais, alguns roteiros incluem também expedições de peregrinação, como o Caminho da Fé, que liga Águas da Prata à Aparecida, em São Paulo; Caminho da Luz, de Tombos ao Pico da Bandeira, em Minas Gerais; Chapada Diamantina, na Bahia; Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul; sertão nordestino ou ainda percorrer todo o litoral da Bahia. De bike se chega a lugares pouco explorados turisticamente e de difícil acesso a outros veículos.

Planejando a Viagem
Para começar é preciso ter uma bicicleta adequada ao tamanho e peso do ciclista, bem como prepará-la com alforjes, bagageiro, faróis e lâmpada vermelha piscante (estrobo). Antes de se aventurar, é bom ter em dia um check-up médico e, claro, o mínimo de treinamento. Pedalar, correr, nadar e aulas de musculação, acompanhados de um profissional de educação física, ajudam no condicionamento e evitam lesões.
Alguns acessórios sempre ajudam na segurança e mobilidade. Capacete é um item indispensável, mas o “pezinho” (de apoio e descanso para bike) pode ser apenas um conforto a mais. Escova para limpar corrente enlameada, chaves, kits remendo, câmara reserva e bomba de ar não podem faltar.

Viajar sozinho ou em grupo? Embora a primeira opção exija mais planejamento de tempo e esforço físico para carregar a bagagem – que chega a pesar de 30 kg a 45 kg – o aventureiro tem a oportunidade de viajar apenas com seus pensamentos e geralmente percebe detalhes que normalmente em grupo passaria em branco. Já com mais pessoas, o viajante de bicicleta tem com quem dividir os momentos e histórias do passeio. Qualquer que seja a escolha, a viagem é sempre apoiada por uma agência especializada. O ciclista tem todo o conforto de não se preocupar com hospedagem, refeições e qual caminho seguir.
Escolhido o roteiro, é imprescindível que o cicloturista solo saiba as distâncias, altimetria, terreno e a previsão do tempo. Um bom guia de rotas, consultas à internet, mapas e GPS auxiliam nesta tarefa. Atente-se à infraestrutura dos pontos de paradas, se há hotéis, albergues ou áreas para acampamentos, bem como restaurantes, mercados e lanchonetes.

Prefira roupas de tecido sintético (dry fit), pois facilitam a transpiração e são fáceis de secar mesmo quando lavadas à noite; um casaco corta- vento; bermuda e calça de ciclista; luvas; e óculos de sol. Protetor solar e repelente devem ficar facilmente dispostos, como em pequenas bolsas, que se ajustam ao quadro da bicicleta, próximo ao guidão. Um kit de primeiros socorros também é mais do que conveniente. Itens básicos como anti-inflamatórios, antitérmicos, antialérgicos, gazes, esparadrapos, analgésicos e soro de hidratação devem ser complementados com remédios que o viajante precise ou esteja acostumado a usar.

Como muitas vezes as rotas incluem pequenas cidades do interior, cartão de crédito ou cheque são praticamente dispensáveis. Portanto, prefira dinheiro trocado e na moeda local para facilitar o pagamento.

Aventure-se nessa!
- É importante deixar a máquina fotográfica sempre à mão, pois as paisagens se abrem a cada curva.

- Opte por viajar em grupo se o trajeto for isolado ou de difícil acesso. É mais seguro e você terá apoio caso precise. Vá sozinho apenas em roteiros com vilas e cidades. Não se esqueça de pedir ajuda ao guia local.

- Trilhas nacionais: cuide de seus equipamentos e verifique o lugar onde sua bike passará a noite.

- Trilhas no exterior: as companhias aéreas muitas vezes dificultam o embarque das magrelas. Vale se informar antes.

- Atenção para a montagem da bike e cuidado quando tirá-la da mala-bike. Se for preciso, faça uma lista e cheque. Um curso rápido de manutenção em lojas especializadas dará a você mais intimidade com a bicicleta.

- Se passar por parques ou reservas ecológicas, certifique-se se precisa de autorização prévia.

Fonte: Revista Vida Natural & Equilibrio, Ed. 43/2010

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