O que se viu em Porto Alegre é um exemplo de barbárie e selvageria. Não havia policiamento, porque os ciclistas não haviam avisado ao Detran sobre a manifestação que poderia bloquear uma rua da cidade. E aí não havia ninguém para orientar o trânsito naquele momento, e alguns motoristas se irritaram. Mas essa imprevidência dos ciclistas não justifica a reação do atropleador.
Na lei das selvas, impera a lei do mais forte. Na civilização, para compensar as diferenças físicas, fizeram-se as leis. E as leis de trânsito fizeram isso no código 29, que diz que os veículos motorizados são responsáveis pela segurança de pedestres, carroças e bicicletas.
Sem agentes da lei por perto, o atropelador resolveu valer a lei do mais forte, a lei da selva, e foi derrubando quem estivesse à frente dele. Pode até ser fadiga com o trânsito, mas talvez seja também uma questão cultural – uma pessoa de posse e no comando de um automóvel sente-se mais do que um ciclista.
Na França e na Alemanha, um motorista morre de medo do ciclista. Se tiver um pela frente, já vai se acautelando para evitar uma manobra errada, porque em qualquer circunstância o motorista vai ser culpado e provavelmente pagar o resto da vida se houver ferimento ou morte de um ciclista.
Projetos de Incentivo ao Uso da Bicicleta aqui.
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