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Ciclovias de Curitiba têm concepção antiga

A primeira ciclofaixa de Curitiba, que será implantada na Avenida Marechal Floriano Peixoto, entre o Viaduto da Linha Verde e o Terminal do Carmo, chega com uma concepção antiga, segundo ciclistas. A avenida que passa por reformas, terá uma pista especial que vai separar ciclistas e veículos, em uma extensão de 3,4 quilômetros.

O maior problema que os futuros usuários da ciclofaixa terão são os bicicletários, já que muitos deles se encontram em parques, longe do local de trabalho da maioria dos ciclistas. Os bicicletários públicos ficam no Parque São Lourenço, no Jardim Botânico, no Centro Cívico, nas Ruas da Cidadania do Pinheirinho e do Carmo, além do eixo de animação da avenida Arthur Bernardes, no Santa Quitéria. Eles têm 45 metros quadrados de área coberta, onde podem ser montados armários e balcões, mas no momento estão vazios.

Os bicicletários são considerados insuficientes e mal localizadas de acordo com os usuários. “Os bicicletários em Curitiba estão abandonados. Alguns estão depredados e sendo desmontados. Eles não são usados, esta é a realidade”, pontua o conselhereiro da União Ciclistas do Brasil e diretor da Federação Paranaense de Ciclovia, José Carlos Assunção Belotto.

Belotto diz que para serem melhor utilizados, estes equipamentos deveriam estar construídos em pontos estratégicos da cidade. “Eles têm que estar em grandes polos geradores de trânsito, ao lado de shoppings, terminais e na região central. Em lugares que de fato os ciclistas podem usar. Também deveriam estar integrados ao sistema de transporte coletivo para que as pessoas pudessem ter a opção para utilizar os dois modais”, afirma Belotto que também é o coordenador do Projeto Ciclovida da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Isso não acontece porque, dizem os ciclistas, a visão de Curitiba não é de que a bicicleta seja um meio de locomoção, mas de lazer. Por isso dos seis bicicletários, três foram implantados em parques. “Este é um conceito das décadas de 1970 e 1980, mas hoje a bicicleta tem outra função. Hoje ela é um meio de transporte, que eu posso usar não só para o lazer, mas para trabalhar também”, afirma Jager.

Fonte: BemParaná, 01/03/2011

Projetos de Incentivo ao Uso da Bicicleta aqui.

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